sábado, 28 de maio de 2011

UM CORPO É ENCONTRADO EM ESCOMBROS DE CASARÃO QUE DESABOU EM SALVADOR-BA

25/05/2011 às 23h07min - Atualizada em 25/05/2011 às 23h08min

O corpo de um homem foi encontrado nos escombros do casarão histórico que desabou parcialmente na madrugada desta quarta-feira no centro de Salvador (BA). Quatro pessoas ficaram feridas sem gravidade.

José Carlos dos Santos, 40, chegou a responder aos chamados dos bombeiros, mas não resistiu e foi encontrado morto entre os escombros 12 horas depois.

Segundo a prefeitura, o imóvel havia sido invadido, mas não tinha moradores.

O sobrado fica na ladeira da Soledade, na região central da cidade. O conjunto arquitetônico da área é tombado pelo Estado da Bahia.

No último levantamento feito pela Defesa Civil de Salvador, em 2009, o casarão constava como primeiro da lista de imóveis históricos classificados como de "alto risco" de desabar.

Para o estudo, o órgão visitou 224 prédios históricos na cidade, e concluiu que metade deles necessitava de intervenção com urgência.

A Secretaria de Infraestrutura da capital baiana informou que vários imóveis na região estão abandonados e oferecem riscos a vizinhos, moradores e pedestres.

Segundo a pasta, no fim de 2010 foram realizados serviços de escoramento da fachada com verbas do Ministério da Integração Nacional.

Na semana passada, o Ministério Público da Bahia entrou com uma ação civil pública contra a capital baiana, a União e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), requerendo "a imediata desocupação e a interdição dos imóveis em estado de risco".

O Iphan disse à reportagem, porém, que o casarão que desabou não estava em área tombada pelo órgão e que R$ 2 milhões foram gastos recentemente para escoramento emergencial de imóveis com risco de desmoronamento no centro histórico de Salvador.

De acordo com Ulisses Campos de Araújo, coordenador do núcleo de patrimônio histórico do Ministério Público da Bahia, outras casas da região estão na mesma situação e são habitadas.

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia informou que a responsabilidade pela manutenção do imóvel é do proprietário, ainda que esteja situado em uma área tombada pelo Estado.

Fonte:

http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=7630


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